segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Reflexão Noturna

Sei que deveria estar dormindo, há tempo, mas simplesmente não consigo, não hoje. Meus pensamentos estão a mil. Geralmente, preciso de um lápis e uma folha para escrever, não sei, me sinto bem assim. Mas não hoje, que um simples computador basta, o que eu estou achando super estranho.
Escola interessante, essa chamada Vida. Nos dá a oportunidade de aprender, a cada minuto, e engana-se quem imagina que o aprendizado termina aos 80, 90, 100... quem sabe? Não, nosso aprendizado não termina, quando desvestimos essa roupa que vemos todo dia e chamamos de corpo. Peço desculpas aos que não acreditam nisso, mas acredito que essa reflexão vai ser baseada nisso, não sei, só estou conectando meus pensamentos aos meus dedos, que batem sem pestanejar no teclado. O computador trava, os pensamentos continuam passando sem parar.
Quando aqui não estamos mais, vestidos em nosso corpo, nos encontramos com as pessoas que fazem parte dos nossos verdadeiros elos sentimentais. Sentamos e discutimos como nos comportamos na nossa mais recente passagem pela escola Vida, se conseguimos nossos objetivos, se tudo saiu como havíamos planejado antes de passar de novo por ela. Quantas vezes um reencontro de duas almas que se amam não é planejado? Corre o risco de essas almas não se encontrarem em vida terrestre? Sim, corre, infelizmente. Corre o risco dessas almas se encontrarem e deixarem passar a chance de ficarem novamente juntas? Quantas vezes!
Parei para observar os fatos que me cercam esses dias e não estou gostando muito das conclusões. Por que será que corre o risco dessas almas se encontrarem e mesmo assim deixarem passar a chance de construir uma relação séria? Ora, a resposta é simples em teoria: orgulho, tentar descobrir o que o outro pensa, se sentir inferior a pessoa e diversos outros motivos. Ah, mas isso é coisa de livros, eu sei que acontece, mas é com as outras pessoas... Por que aconteceria comigo? Sei que minha alma gêmea irá chegar, ora, pois tudo que é meu há de vir um dia. Mas quantas vezes não pensamos: "Aquela garota é muito bonita pra mim, nunca que ela irá me querer!", isso sem mesmo perguntar antes o que a garota em questão sente com relação a você! Pior ainda, quando essas informações chegam até você e você pensa que tudo não passa de uma brincadeira de mau-gosto com você. "Magina! Como ela pode gostar de uma pessoa como eu? Não, vocês estão de brincadeira comigo.". O mais complicado do que ver isso em teoria, é vivenciar isso. O físico quente x o físico frio que se completam, porém ambos com almas apaixonadas, apenas esperando que o outro conquiste isso. Outro problema, sempre esperar que o outro tome uma atitude!
É complicado pensar que outra chance está sendo deixada para trás, por coisas fúteis que colocamos na cabeça. Mas esse caso que eu me refiro, hoje pensando, se fosse mais evidente, seria o mesmo que dar um tapa no rosto. Resumirei em etapas: infância juntos, com atitudes revelando o plano de reencontro - 7 anos separados - reencontro - oportunidade de 3 rumos diferentes - ambos vão para o mesmo rumo - 3 anos juntos, outra vez com evidencias comprovando o plano - separação novamente. Não entendo, não entendo mesmo. Mas não quero deixar passar mais uma chance. Tentarei agarrar quando a pressenti-la novamente, mesmo que se apresente na mínima forma. Até porque, a combinação de um coração biológico com um coração exato deve ser algo bem interessante!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Nostalgia

E era muito simples. Nossas vidas, naquela época, se resumia em voltar da escola e escutar um CD de nossa banda favorita, que era a mesma, pra variar. MSN? Só quando tínhamos oportunidade. Facebook? Nem imaginávamos que existia, se existia! E éramos felizes! E como!
Nada dessa pinta de rock, nem da pinta de adultos. Éramos crianças e éramos felizes por escutar aquelas músicas, da nossa banda favorita. Não queríamos nem saber, elas simplesmente cantavam o que queríamos ouvir e mostravam o que queríamos ver que, na verdade, na época era o que precisávamos ver.
Ninguém, ao ler isto aqui, vai entender. Mas sei que, ao você ler isso aqui, vai se identificar e seu coração vai bater um pouco mais forte, porque saberá que estou destacando aqui o início da nossa adolescência. Não era extravagante igual somos hoje. Não, muito pelo contrário, era simples até demais, mas éramos muito felizes! E, ah, quando começava anoitecer e batia o sinal da escola pra ir pra casa... Sabíamos que o rádio estaria lá, só esperando pelo CD, como se já tivesse se acostumado com aquilo!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A Última Flor

Hoje, meus amigos,
Vou lhes contar a história
De um inocente coração
Que cansado das dores desse mundo,
Decidiu partir.

"Não mais perturbarei ninguém
Com minha delicada tristeza
Esta é a última flor que deixo a vocês,
Meus tão amados amigos.
A minha carta de adeus."

O vento trazia a manhã,
O sol clareava o céu,
Com uma tonalidade entre rosa e laranja.
Ninguém imaginava que aquele dia,
Aparentemente lindo e tranquilo,
Seria o fim de uma triste,
Porém mais humana, vida.

"Não vejo mais o mundo como um lar
As pessoas que aqui habitam
Carregam em seus corações
O ódio e o preconceito.
Onde está o amor?
Não creio que tão belo sentimento
Tenha se extinguido do mundo."

Nascido da pureza
E esta carregava
Em seus mais íntimos sentimentos.
Sempre procurava ver a beleza,
Em cada pétala de rosa,
Porém as pessoas
Insistiam em feri-lo.

"Nos meus poucos anos de vida
Sempre esperancei por uma melhora nas pessoas
Uma nova consciência,
Um pouco mais de respeito
E uma boa dose de sentimentos.
Porém, a cada dia,
Tinha minha esperança açoitada,
E, com ela,
Também o meu coração."

A beleza se encontrava
Predominantemente em seres irracionais
Era o que ele dizia,
Pois estes eram incapazes
De julgar um semelhante
Por qualquer motivo que seja.
Mundo, onde fomos parar?
Quando não nos atacamos belicamente,
Destruímos o próximo psicologicamente.

"Meu coração não vê mais motivos
Para continuar pulsando.
Deste mundo mal-habitado,
Quero partir.
Embora desiludido,
Ainda tenho a esperança,
De que as pessoas se amem
Pelo que são."

Um dia as pessoas perceberão
Que cada pessoa possui
Muito mais internamente do que externamente,
Por mais rica ou pobre que ela seja.
E é o interno que a define como humana,
Não os seus bens ou a sua aparência.
O interno...
A essência se encontra no interno.

"Com vocês deixo a minha última lágrima,
Meus amigos.
Sinto ter de abandoná-los,
Porém não chorem por minha falta
E sim sorriam ao se lembrarem de mim.
O que está indo é meu corpo,
Mas a minha essência,
E todos os nossos momentos juntos,
Permanecerão vivos dentro de cada um de vocês.
Eu vos amo."

Assim ele partiu.
Um coração nobre
Morto pela dor.

"Olhem as flores,
Tão suaves quanto a melodia de um piano
Não são belas?
Oh, meu amor... meu secreto amor,
Para você,
Deixo meu mais sereno abraço,
Meu melhor sorriso,
E meu mais doce beijo."

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Arte


Tem dias que as ideias simplesmente fluem se combinando com os sentimentos, e fica fácil escrever. Tem dias que você olha para o papel e não consegue rabiscar nada, por mais que o peito peça para desabafar. Já ouvi várias vezes dizerem que a tristeza faz arte. Observando os meus escritos, posso dizer que isso tem sua parte de verdade, uma vez que muitos deles foram escritos em caso de extrema dor.
Todos tem seu estilo de escrever: uns preferem produzir textos, outros poesias; mas no fim, todos acabam se expressando de alguma forma. É magnífico o grandioso poder das palavras, capaz de traduzir muitos de nossos sentimentos e aliviar muitas de nossas preocupações. Todos esses benefícios em troca de que? De um momento que você se dedica a “conversar” com o papel. 
E é exatamente isso que vem a ser a arte de escrever. Um momento que você para, conversa consigo mesmo e depois passa tudo para o papel. Não é necessário muita habilidade, nem um dom. O necessário, na arte das palavras, é ouvir seu próprio coração bater e traduzir sua linguagem a todos que o quiserem ler.

domingo, 19 de agosto de 2012

A Sensação de Realidade

Uma vez, eu tive um sonho. O mais agradável de todos. 
A inocência veio até mim e, com sua suave voz, pediu-me para beijá-la. Não estava acreditando ser um sonho, pois eu conseguia sentir cada sensação muito forte dentro de mim. Por um momento, o meu eu que estava no sonho era o eu que tinha vida. O eu que estava deitado com a cabeça no travesseiro, adormecido, apenas capturava cada sensação.
Era real! Eu conseguia sentir os gostosos e costumeiros arrepios de cada abraço. Na verdade, o sonho estava sendo um momento que eu sempre quis. Porém, mesmo nesse maravilhoso espetáculo que se passava no meu subconsciente, o meu eu com vida não acreditava que aquilo estava acontecendo, era simplesmente maravilhoso de mais, e meu coração não conseguia se controlar.
Foi então que eu comecei a sentir seu doce hálito a falar comigo, seus braços macios a me abraçar, sua pele se encostando na minha, e aqueles lindos lábios que eu, respeitosamente, tanto desejava, a tocar os meus. Meu coração cantava! Eu não conseguia explicar o que estava sentindo!
Na hora, eu acordei.

Sonhos

Acredito muito nos sonhos. Talvez sejam eles mensagens já captadas pelo nosso subconsciente e que, muitas vezes, nosso consciente, sempre racional e cego para algumas verdades, ainda não conseguiu captar.
Interessante e belo fenômeno da mente. Algumas vezes capaz de nos trazer suspiros alegres ao acordar, mas tem vezes que nos faz despertar desesperadamente.
Não seriam os sonhos o cenário da nossa alma? O cenário do teatro dessa magnífica essência, a alma, que nos liberta ou nos leva a loucura. O grande espetáculo comandado por desejos, sentimentos dos mais belos e dos mais obscuros. Fantástico o funcionamento da mente, que pacientemente espera o corpo adormecer e o consciente se "desligar" de todos os problemas, para dar inicio a grande e fantasiosa peça teatral.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Saudade

Saudade... de fato, um sentimento engraçado e chato. Sim, é engraçado a intensidade com a qual esse sentimento vem me assombrando ultimamente e chato pela dor que está me causando.
É visível que preciso tirar isso do meu peito, mas ao mesmo tempo eu me pergunto: já não lutei com todas as forças possíveis para que isso fosse embora? Eu lutei, e sei como lutei. Esse sentimento veio chegando de uma maneira sorrateira e, sem mais nem menos, se apropriou de mim.
Talvez, segundo a visão de determinados autores e filósofos, a saudade tenha o mesmo papel da mulher: com suas garras, tenta escravizar o homem. É claro que eu não compartilho de mesma opinião, mas são notáveis as "garras" e as "consequências" que isso está trazendo.
Em minha explicação para a saudade, ela surge de momentos que se tornam eternos dentro de nós e, como disse sabiamente Drummond, um momento não precisa ser pra sempre para ser eterno. E foi exatamente assim que aconteceu: a saudade surgiu de um momento perfeito que se eternizou dentro de mim.